quarta-feira, 31 de março de 2010

O processo de ensino-aprendizagem da dança em escola


VERDERI (1998), em seu livro Dança na Escola, afirma que professores de Educação Física, deveriam utilizar-se da dança como um meio para o exercício da corporeidade dos alunos. Pois assim, existirá uma provocação de situações onde a criança/aluno, poderá utilizar seu corpo por inteiro e descobrir através de experimentações e vivências as ações que dele possam emergir (manifestar). Seria uma boa oportunidade pra nós educadores, buscarmos novos paradigmas e novas concepções para aplicações nas alas.


O pensamento cartesiano dizia: Penso, logo existo. Hoje em dia: Existo, pelo fato de estar aqui.


Os alunos não podem ser considerados simplesmente como mente e seu corpo ser secundarizado em benefício dela, e é óbvio que não devemos relegar a mente em benefício do corpo. Mente e corpo não podem ser instrumentos a serem manejados. É preciso fazer com que os alunos deixem de ser corpo-objeto e tornem-se corpo-sujeito, um corpo vivido (e isso depende de nós).


Numa aula devemos lembrar sempre que, a proposta que estivermos aplicando deverá trazer à tona as diferenças que as influências das experiências vivenciadas pelos alunos possam promover, ou seja, devemos dispor de uma proposta com objetivos definidos: O que devemos ensinar? De que maneira esse ensino deverá ser procedido? Quando ensinar determinados conteúdos? Quais os materiais e procedimentos que mais se enquadram no processo ensino-aprendizagem? O que desejamos que o aluno saiba ao final do programa??

Feito isso, estaremos certos que alcançaremos o sucesso tanto no ensino quanto na aprendizagem.
Referência: Verderi, Érica B.L.P. Dança na Escola. Rio de Janeiro:Sprint, 1998.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Desenvolvimento e Crescimento da criança (Estatura)

Como saber se a baixa estatura da criança é normal?

Uma reportagem bastante interessante realizada no Jornal Hoje (09/12/09) falando sobre a estatura da criança, crescimento, hormônios, influências, etc...vale a pena assistir...

http://www.youtube.com/watch?v=mA1lX5cTb2Q


Esta outra reportagem fala da importância do bom sono para o desenvolvimento e crescimento da criança...também muito interessante

http://www.youtube.com/watch?v=7h_WY2_cPfk

terça-feira, 9 de março de 2010

O ritmo e a aprendizagem...

Encontrando nosso ritmo...

Todos nós já passamos por momentos onde não temos vontade de fazer nada, ou tentamos e não conseguimos. Às vezes, quando é algo imprescindível de fazer, até tiramos um pouco da nossa força de vontade da reserva e conseguimos realizar a tal tarefa indesejável. Outras vezes nenhuma pressão externa resolve. Seria o motivo preguiça, moleza, incompetência, falta de disciplina ou qualquer dessas coisas que pressupõe nossa “culpa”?

Nem sempre. É claro, existem milhares de motivos para nos impedir de fazer algo. Alguns destes entram na famosa categoria de auto-sabotagem. Outras na de cansaço ou outros problemas físicos. Sim, é verdade, às vezes somos indisciplinados (etc., etc.) ou não queremos mesmo realizar a tal tarefa e não temos coragem de admitir. Porém, o que frequentemente não levamos em conta é o respeito (ou melhor, desrespeito) ao nosso ritmo pessoal.

A pedagogia Waldorf (ou pedagogia antroposófica), método que considera o ser humano na sua inteireza, tem muito a dizer sobre a importância do ritmo nas nossas vidas:

Todo processo vivo de aprendizagem deverá necessariamente respeitar e fomentar um ritmo adequado. A Pedagogia Waldorf considera fundamental a alternância sadia e equilibrada entre concentração e expansão, entre atividade intelectual e prática, entre esforço e descanso. Assim se planeja o mais cuidadosamente possível, a partir desse ponto de vista, tanto a prática educativa anual, mensal, semanal e diária, como também cada uma das horas de aula, a fim de conseguir o ritmo adequado às fases de compreensão, assimilação e produção da aprendizagem.
(...)
Esse ritmo é constituído basicamente de atividades concentrativas e atividades expansivas que sucedem em constante dinâmica, acompanhando o ciclo da natureza em seu ritmo de inspiração e expiração, dia e noite, vida e morte, verão e inverno, etc. Através dessas atividades harmonizaremos as vivências de polaridades tais como: dormir e acordar, claro e escuro, dentro e fora, contração e expansão.

Apesar de ser direcionado às crianças (o texto citado refere-se a crianças em idade de jardim), podemos aprender muito com essa perspectiva, inclusive no quesito alimentação. É comum passarmos pelo dia sem sequer parar para respirar ou observar o mundo a nossa volta. Isso acaba refletindo no que a gente come; as refeições, ao invés de serem atividades introspectivas e prazerosas, passam atropelados e estressantes. Não há tempo para prestar atenção no nosso corpo, nas suas reações e no que ele precisaria receber naquele momento para realmente se nutrir. O estresse gerado por estarmos remando contra nossa própria maré acaba afetando o que escolhemos ingerir e provocando doenças, como exemplifica o texto abaixo:

No passado, quando a medicina era uma arte e não um instrumento para o comércio de drogas, as pessoas sabiam, instintivamente, da importância de respeitar os ritmos e ciclos da natureza, a fim de que nossos próprios ritmos biológicos se mantenham em sincronia. Ninguém duvidava que a saúde, a felicidade e a longevidade dependiam dessa sincronia.

Atualmente, se nós temos sono e não conseguimos dormir, nós não pensamos em apagar a luz, mas sim em tomar um remédio. Se temos sede, não lembramos de tomar água, mas sim refrigerantes e outras bebidas artificiais. Se nos faltam nutrientes, não lembramos de melhorar nossa alimentação, mas sim de tomar um comprimido de ‘vitamina’. Nossa cultura tem sido fortemente moldada por interesses econômicos e pelo marketing da indústria de consumo.

Mas essas influências e interesses atuais não podem mudar algo programado tão perfeitamente e tão profundamente na nossa biologia, ao longo de milhões de anos.

Por outro lado, viver plenamente dentro dos ciclos da natureza e, consequentemente, dos nossos corpos, ajuda a tornar nossas vidas mais suaves ao invés de uma “luta diária”: comer as frutas da época; reverenciar a transição dormir-acordar, deitar-sonhar; observar as estações do ano e respeitar nossa postura natural em relação a cada uma delas, como a introspeção do inverno, a expansão da primavera, a abundância do verão, a preparação do outono; e assim por diante.

As mulheres têm uma propensão maior a perceber seu ritmo natural. Muitas de nós sabemos que em determinada época do mês estamos mais depressivas ou até mais “chatas” (a famosa TPM), enquanto em outras temos mais energia para realizar vários projetos. Porém, com ou sem sofrer de TPM, qualquer pessoa pode se beneficiar observando seu ritmo pessoal e alinhando suas atividades com os outros ritmos que nos governam, como as estações do ano, os ciclos lunares, os ritmos diários e, é claro, nossos ritmos próprios biológicos.

Comece analisando sua rotina semanal. Você passa o dia inteiro “correndo”? Há suficientes momentos de pausa? Há momentos de observação e/ou contato com a natureza? Os momentos de extroversão e interação com outras pessoas se equilibram entre momentos de introspeção e solitude? Existem determinados horários que sua energia é maior ou menor? É possível adequar seu horário de trabalho e seus afazeres de forma a não ir de encontro com seu ritmo pessoal?

Anote suas observações e tente fazer um “roteiro” para lhe guiar. Atenção! Isso não é a criação de uma rotina nem algum tipo de cronograma fechado de atividades. O propósito é se harmonizar com o restante da natureza, conhecer seu próprio ritmo e tentar integrar tudo isso na sua vida diária. Por exemplo, você pode descobrir que a parte da manhã é seu período menos produtivo e deixar esse horário para realizar tarefas que requeiram menos energia. Ou, no caso de mulheres que sofrem de TPM, tentar adiantar as tarefas mais difíceis ou cansativas para antes deste período; assim, durante a TPM é possível ficar mais livre para fazer coisas que tragam prazer e ajudem a aliviar os sintomas. Depois de um tempo, percebemos como é natural viver desta forma e nem precisamos mais do tal roteiro.

Quem tem filhos pequenos poderá constatar como o dia-a-dia flui melhor seguindo o ritmo infantil natural. A regularidade faz com que as crianças se sintam mais seguras e confiantes no mundo que as cerca, o que também estimula a auto-estima e a auto-confiança. Os resultados são realmente fantásticos.

Os resultados na alimentação também são visíveis. Com menos estresse comemos melhor, com mais calma e sem excessos. Sentimos o que nosso corpo precisa com mais clareza. De fato, a própria transição para o crudismo nos deixa mais abertos a perceber nosso ritmos biológicos e a sentir o que nosso corpo verdadeiramente quer ou rejeita. Passamos a saber quando estaremos mais vulneráveis a comer de forma mais saudável e nos preparar, antecipadamente, para que não aconteça. Serve também para desconfiarmos das frutas disponíveis fora de época, por exemplo, muitas vezes estimuladas pelo uso de hormônios e de outras formas que podem impactar nossa saúde de forma ainda desconhecida.

E vocês, costumam observar seus próprios ritmos e/ou os ritmos da natureza? Como a mudança de alimentação mudou suas vidas neste sentido?

Para refletir:

Com alguns poderes místicos do super-homem, sem informação dos ponteiros do relógio, o nosso corpo e os corpos dos outros animais e das plantas marcam o compasso com o ambiente. Não se trata de truques mágicos nem de efeitos especiais ou habilidades do gesto ou da mente, mas o poder que governa toda a vida sobre a Terra.
Se o tempo for realmente o ditador planetário e os ritmos as manifestações da sua supremacia, então conhecê-los torna-se essencial para a compreensão do modo como funciona toda a vida.
Os ritmos são a chave do conhecimento próprio e do meio ambiente, pois colocam a vida numa perpectiva de tempo.
Retirado do blog Apressado NÃO come cru

domingo, 7 de março de 2010

Uma forma de aprendizagem...

Novos ares: o que aprender com o vento

"Mesmo sendo invisível, o vento desperta muitas possibilidades de exploração, movimentação e aprendizagem para os pequenos".
Luís Souza


Foto: Paulo Wolfgang

A turma da pré-escola da rede municipal de Cambira brinca com o vento empinando pipas. Os dias quentes de verão são sempre um convite para levar a turma ao parque. Mas não é só porque o vento é refrescante que atividades ao ar livre devem ser propostas. Ele, por si só, é um instrumento que estimula os pequenos a se movimentar, entrar em contato com os fenômenos da natureza e explorar sentidos, como o tato e a visão.
Brincadeiras e brinquedos simples, como bolhas de sabão, cata-ventos, pipas e aviões de papel, são ótimos para desafiar as crianças a usar o vento a favor dos próprios movimentos. "Quem brinca é sempre o corpo. Os brinquedos só o ajudam a brincar", explica a pesquisadora Renata Meirelles, autora do livro Giramundo e Outros Brinquedos e Brincadeiras dos Meninos do Brasil. Empinar pipas, por exemplo, exige o aprimoramento da coordenação motora, além de promover um olhar apurado sobre o movimento.
Em Cambira, a 382 quilômetros de Curitiba, as turmas da pré-escola de toda a rede municipal foram convidadas a montar e brincar com pipas. "A ideia era fazer as crianças perceberem a influência do vento e ter um contato inicial com as formas geométricas criadas durante a montagem dos brinquedos", diz Dóris Lucas Moya, mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), secretária municipal de Educação e responsável pelo projeto.
De acordo com Silvana Augusto, formadora do Instituto Avisa Lá e professora do Instituto Superior de Ensino Vera Cruz, ambos em São Paulo, ao abordar esse elemento da natureza, vale também levar as crianças a tomar consciência da relação que os seres humanos estabelecem com ele. "O vento é útil para quê?", "Que sensação provoca nos dias de frio?", "É possível criar vento?" e "Como percebemos que ele existe mesmo não conseguindo vê-lo?" são algumas das questões que podem ser lançadas para levá-las à reflexão (leia a sequência didática). "Agindo assim, o educador põe em prática uma ideia de Jean Piaget (1896-1980), que diz que o conhecimento se funda na ação e as crianças devem se relacionar com o mundo levantando hipóteses", diz ela.
Por fim, segundo explica Anibal Figueiredo Neto, mestre em ensino de Ciências e coordenador do Atelier de Brinquedos Científicos, interagir com o vento é um jeito interessante de ajudar as crianças a começar a pensar nas relações entre causa e efeito. "Elas não precisam saber explicar o porquê de todas as coisas quando estão na Educação Infantil, mas é importante que questionem sempre e percebam que uma provoca outra, como no caso do sopro que movimenta um barquinho de papel na água", afirma.


Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/novos-ares-aprender-vento-ar-pipa-cata-vento-528821.shtml


Essa matéria nos deixa clara, uma forma incrível de aprendizagem através do fenômeno "vento", que com ele ao empinar uma pipa, a criança aprimora sua coordenação motora, por exemplo.


sábado, 6 de março de 2010

Uma curiosidade...

Quem introduziu o ensino da Educação Física nas escolas?


Foi apenas no século 18 que a disciplina entrou, de fato, no currículo. Um dos pioneiros foi o educador Johann Bernard Basedow (1724-1790), que em 1774 instituiu na escola-modelo de Dessau, na Alemanha, a prática de exercícios como correr, saltar, arremessar, transportar objetos e trepar. Muitas escolas europeias seguiram a mesma trilha - até que, em 1801, a Dinamarca se tornou o primeiro país a exigir o ensino da Educação Física nas escolas públicas. No Brasil, a atividade física passou a fazer parte dos programas escolares em 1854 - obra do então ministro do Império Luís Pedreira do Couto Ferraz (1818-1886), ao aprovar um regulamento que incluiu a ginástica nas instituições públicas da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/fundamentos/quem-introduziu-ensino-educacao-fisica-escolas-johann-bernard-basedow-517613.shtml

Obrigada ministro por regulamentar no Brasil esta tão importante disciplina em nossas vidas.