sábado, 5 de junho de 2010

A dança e o Idoso


Acredita-se que a prática de dança proporciona ao idoso, saúde, autonomia, e também pode ajudá-lo a lidar com seu próprio corpo, com seus sentimentos e com seu processo de envelhecimento, auxiliando-o também nas suas atividades diárias e na sua integração social. A dança é uma atividade lúdica, uma manifestação artística e forma de comunicação, que se faz através do próprio corpo humano, que ajuda a expressar as emoções, estimular a memorização e a coordenação, além de ser um ótimo exercício físico. Os benefícios são muitos: prevenção e combate de situações estressantes, estímulo a oxigenação do cérebro, melhora no funcionamento das glândulas, conhecimento do seu corpo, melhora a capacidade motora, o desempenho cognitivo, a memória, a concentração e atenção, proporciona cooperação e colaboração, melhora a auto-estima e auto-imagem, etc., e é uma atividade muito bem aceita pelos idosos (Baur, 1983 e Mazo, 2001).

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A importância da Atividade Física na Terceira Idade


Para o idoso é muito importante estar em contato com o mundo que o rodeia, sentir-se ativo e útil, participando de algum tipo de atividade. Temos preocupação de que o idoso adquira uma postura positiva frente a velhice e que aprenda a valorizá-la. A terceira idade é uma fase que ocorre inúmeras mudanças, como por exemplo, a memória (aspecto importante do Sistema Nervoso), que ao longo do tempo e com a chegada da 3ª idade, vai se tornando deficiente devido a diversos fatores fisiológicos, emocionais e afetivos. Os fatores que resultam nessa decadência na capacidade de memorizar não estão todos diretamente ligados ao sistema nervoso central (como por exemplo, a doença de Alzheimer), mas também com a falta de atividade no dia-a-dia, falta de exercícios físicos que exijam as formas de solicitação motora, não exploração dos sentidos sensoriais, entre outras características que contribuem para o sedentarismo. A memória humana sofre uma série de processos ao envelhecer, dentre eles está o afetamento de algumas áreas como: memória sensorial (manutenção dos dados sensoriais), memória de curto prazo (processa dos dados atuais) e memória de longo prazo (processa dados de longas datas, específicos, conhecimento, memorizações eventuais e sem consciência e ativações automáticas). Com isso, o processo de aprendizagem também é comprometido, pois depende da memória, principalmente de curta duração e das funções sensoriais do corpo.

Além disso, (Weineck et al.,1991) afirmam que o processo de envelhecimento é acompanhado por uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como pelo surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão alimentar incorreta, ausência de atividade física regular, etc.).

Em virtude disso, (Matsudo & Matsudo, 1992) acreditam que a participação do idoso em programas de exercício físico regular poderá influenciar no processo de envelhecimento com impacto sobre a qualidade e expectativa de vida, melhoria das funções orgânicas, garantia de maior independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, distúrbios mentais, artrite, dor crônica, etc.

Portanto, cabe a nós, educadores físicos, usarmos da nossa profissão como um dos meios de minimizar e prevenir estas, tornando-o indivíduos/idosos mais saudáveis, mais aptos, bem dispostos independentes, reintegrados, com melhores condições de vida, valorizando-se e sendo valorizado.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A fase da maturidade intermediária (Adulto)


A vida adulta é a parte mais longa do ciclo vital, sendo geralmente dividida em três períodos principais: a idade adulta jovem ou inicial que compreende dos 20 aos 30 anos, a idade adulta intermediária, dos 40 aos 65 anos, e posteriormente a esta, a idade adulta tardia ou velhice (Kaplan, 1999).

As condições psicológicas com que se chega à vida adulta, dependem, em grande medida, da forma como se viveu ou se passou pelas fases do desenvolvimento.

A fase adulta é o período da vida em que normalmente a pessoa faz uma revisão do passado; analisa como tem vivido a própria vida, quais são as suas possibilidades, e avalia se os compromissos e os estilos de vida assumidos e escolhidos na fase em que era adulta jovem estão valendo a pena e se ainda fazem sentido.

Por muitas razões, para algumas pessoas, esta fase do ciclo da vida pode ser a mais problemática de todas. O ninho se esvaziando com a saída dos filhos de casa, a mulher enfrentando a menopausa com todos os sintomas físicos e psicológicos. O homem enfrentando a andropausa, e com ela a diminuição ou perda de sua potência física e sexual, profissionalmente se aposentando, ou em vias de se aposentar, angustia-se pelo declínio e pela perda de poder. Quanto às pessoas que estão sozinhas, em decorrência de separação ou viuvez, as dificuldades, incapacidades e insuficiências às vezes podem assumir proporções bem maiores nesta fase. Porém, para outras pessoas, a maturidade intermediária envolve os anos de maior realização nos papéis ocupacionais, podendo representar o período de maior satisfação, produção e realização nas diversas esferas da existência. Atingir esse estágio da vida com serenidade e de forma saudável, pode ser um projeto existencial de muitas pessoas.


fonte: PIKUNAS, J. Desenvolvimento Humano. São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1979.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dança Moderna Indiana (Bollywood Dance)


Bollywood Dance é o nome comercial para a dança indiana moderna. Esse estilo de dança consiste em uma fusão de dança clássica indiana (que é a base), folclore, e por vezes, tem uma influência latina e árabe. É divertida e muito expressiva.

Escolher essa dança para trabalhar em escola por exemplo, proporciona ao aluno o conhecimento das técnicas da dança visando a possibilidade de descobrir as linhas e movimentos de expressão através da dança indiana moderna, comunicar-se com o lúdico, o sensual e o cômico interior podendo explorar suas emoções de uma forma mais feliz e saudável.

Além disso é uma atividade física de baixo e médio impacto que pode modelar o corpo com formas sinuosas, nos homens proporciona maior confiança nos movimentos e também realça o tônus muscular. Desenvolve e aprimora a coordenação motora, chama atenção à postura correta.

Esta dança também não é somente coreografia e técnica, ela também é indicada como foco para desinibição e trabalho de auto-estima, por se tratar de uma dança que oferece possibilidade de exercícios de interpretação pessoal nos movimentos e nas expressões faciais de acordo com o estado emocional de cada um.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Dança Contemporânea e a Capoeira


A dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o intérprete/bailarino ganha autonomia para construir suas próprias partituras coreográficas a partir de métodos e procedimentos de pesquisa como: Improvisação, Contato Improvisação, Método Laban, Técnica de Release, Body Mind Centery (BMC), Alvin Nikolai. Esses métodos trazem instrumentos para que o intérprete crie suas composições a partir de temas relacionados a questões políticas, sociais, culturais, autobiográficas, comportamentais, cotidianas, como também a fisiologia e anatomia do corpo. O corpo na dança contemporânea é construído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, trazem o trabalho da conscientização do corpo e do movimento.

A nossa proposta para apresentação da dança Contemporânea foi inserir movimentos da capoeira, esclarecendo que não é uma nova técnica de dança, mas uma possibilidade de trazer ao corpo o enriquecimento artístico, performático e criativo de diferentes e inusitados movimentos que são possíveis nessa troca entre as duas artes: Capoeira e Dança Contemporânea, ou mesmo uma diferente leitura dessa arte (Capoeira), que oferece ao corpo do bailarino/intérprete, ou mesmo de uma pessoa comum, a capacidade de dançar melhorando sua auto-estima e o despertar do auto-reconhecimento.


fonte: FAHLBUSCH, Hannelore. Dança: moderna e contemporânea. Rio de Janeiro: Sprint, 1990.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Identidade Versus Confusão de Identidade (Adolescência)


A principal tarefa deste estágio da vida, diz Erikson (1968), é resolver o conflito de identidade versus confusão de identidade - tornar-se um adulto único com um papel importante na vida. Para formar a identidade, o ego organiza as habilidades, as necessidades e os desejos de uma pessoa e ajuda a adaptá-los às demandas da sociedade. A busca pela identidade dura a vida inteira. Torna-se mais aguda na adolescência e prossegue pelo resto da vida, algumas vezes com mais intensidade do que em outras.

Com base em sua própria vida e em sua pesquisa com adolescentes de várias sociedades, Erikson concluiu que um dos aspectos mais cruciais na busca pela identidade é decidir sobre uma carreira. No estágio anterior, o da produtividade versus inferioridade, a criança adquire as habilidades necessárias para o sucesso na cultura. Agora, os adolescentes precisam encontrar meios de usar essas habilidades. O rápido crescimento e a nova maturidade genital alertam o jovem sobre sua iminente vida adulta, e ele começa a pensar sobre os papéis que terá na sociedade adulta.

Erikson vê o perigo principal desse estágio com a confusão de identidade (ou de papel), que pode expressar-se quando um jovem demora demais para alcançar a vida adulta (depois dos 30 anos). Ele mesmo não resolveu sua crise de identidade até seus vinte e poucos anos. Uma certa dose de confusão de identidade, entretanto, é normal. Ela é responsável tanto pela natureza caótica de grande parte do comportamento adolescente como pela dolorosa autoconsciência dos adolescentes sobre sua aparência.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O desenvolvimento humano não pára...


As mudanças normais de desenvolvimento nos primeiros anos de vida são sinais óbvios e dramáticos de crescimento. O bebê deitado no berço torna-se uma criança ativa e exploradora. A criança pequena entra e abraça os mundos da escola e da sociedade. O adolescente, com um novo corpo e nova consciência, prepara-se para ingressar na vida adulta. Mas o crescimento e o desenvolvimento não param com a adolescência. As pessoas mudam de diversas formas através de toda vida adulta. Algumas capacidades, de fato, emergem relativamente tarde na vida e os seres humanos continuam a modelar seu próprio desenvolvimento, da mesma forma como eles o fizeram desde o nascimento. O que ocorre no mundo de uma criança é importante, mas essa não é a história toda. A narrativa que segue tem um final aberto: cada um de nós continua a escrever a própria história do desenvolvimento humano enquanto viver.

domingo, 2 de maio de 2010

Algumas das dificuldades ao executar uma habilidade motora

Ao analisar as habilidades motoras fundamentais, podemos encontrar algumas dificuldades comuns. Geralmente essa dificuldade em executar um movimento, é normalmente o último que foi adquirido, sendo aqueles relacionados à dissociação da cintura e rotação do tronco durante a realização do movimento. Analisando pessoas envolvidas em atividades motoras, podemos observar que um indivíduo em estágio inicial de desenvolvimento tende a apresentar algumas das seguintes características e dificuldades:
- movimento em bloco, sem dissociação dos membros;
- falta de coordenação do membro principal da ação com o resto do corpo;
- falta de fluência rítmica no movimento, com falhas na ação sequencial;
- tensão excessiva dos membros;
- ação inibida/exagerada dos braços, ou utilização para equilíbrio;
- inabilidade em utilizar lado não preferencial na ação;
- dificuldade em manter o padrão rítmico, etc.

Postagem feita após observar o vídeo passado em sala (aula do Prof. Alessandro)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A maturação no desenvolvimento motor

Em cada idade o movimento toma características significativas e a aquisição ou aparição de determinados comportamentos motores tem repercussões importantes no desenvolvimento da criança. Cada aquisição influencia na anterior, tanto no domínio mental como no motor, através da experiência e troca com o meio (Fonseca, 1988).
De acordo com Gallahue e Ozmun (2003) o movimento observável pode ser dividido em 3 categorias: movimentos estabilizadores (equilíbrio e sustentação), movimentos locomotores (mudança de localização) e movimentos manipulativos (apreensão e recepção de objetos). De acordo com cada faixa etária, estes movimentos estarão em estágios e fases diferentes.
As crianças de 1ª infância (2 a 6 anos), apresentam as habilidades percepto-motoras em pleno desenvolvimento, mas ainda confundem direção, esquema corporal, temporal e espacial. A variabilidade das habilidades fundamentais está se desenvolvendo, de forma que movimentos bilaterais, como pular, não apresentam tanta consistência as atividades unilaterais. O controle motor refinado ainda não está totalmente estabelecido, embora esteja desenvolvendo-se rapidamente.
Na 2ª infância (6 a 10 anos), as crianças apresentam a preferência manual e os mecanismos perceptivos visuais firmemente estabelecidos. No início desta etapa do crescimento, o tempo de reação ainda é lento, o que causa dificuldades com a coordenação visuo-manual/pedal não estando aptas para extensos períodos de trabalho minucioso. Esta fase marca a transição do refinamento das habilidades motoras fundamentais para as refinadas que propiciam o estabelecimento de jogos de liderança e o desenvolvimento de habilidades atléticas (Gallahue e Ozmun, 2003).
Na adolescência (10 até os 20 ou mais), o comportamento motor esperado é caracterizado pela fase de habilidades motoras especializadas. Depois que crianças alcançam o estágio maduro de um padrão motor fundamental, poucas alterações ocorrem. As mudanças ocorrem na precisão, na exatidão e no controle motor, porém não no padrão motor. O início da adolescência é marcado pela transição e a combinação dos padrões motores maduros. Nesta fase as crianças começam a enfatizar a precisão e a habilidade de desempenho em jogos e movimentos relacionados aos esportes. A habilidade e a competência são limitadas. A segunda fase da adolescência é marca pela autoconsciência dos recursos físicos e pessoais e suas limitações, e por isso concentra-se em determinados esportes. A ênfase está na melhora da competência.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A criança e aprendizagem


Como as crianças aprendem?? Todas aprendem da mesma maneira?? Todas ao mesmo tempo?? Como ensinar para obter o melhor aprendizado?? Essas perguntas são feitas entre os educadores nos dias de hoje, pois antigamente acreditava-se que as crianças aprendiam recebendo informações de um professor, ou seja, ele explicava, ditava regras, mostrava figuras, etc. e o aluno/a criança, ouvia, copiava, decorava e assim deveria aprender. Quando não aprendia, culpava-se a criança por desatenção ou irresponsabilidade.

Atualmente existem outras idéias sobre aprendizagem. Essas idéias são o produto de trabalho de alguns educadores e psicólogos que têm procurado responder às perguntas apresentadas no início desse texto. Um campo de estudo seria a Psicologia Cognitiva (Ciência que estuda o conhecimento), portanto é possível aprender recebendo informações, treinando e decorando regras, mas dessa maneira a compreensão daqueilo que se aprende costuma ser bem pequena, e esta é a diferença: o que se procura através da Psicologia Cognitiva é favorecer o aprendizado com compreensão. Ao fazer esses estudos, alguns pesquisadores fizeram importantes descobertas sobre o pensamento da criança: elas pensam de maneira diferente umas das outras, seu pensamento evolui, passa por estágios, onde em cada um tem uma maneira especial de compreender e explicar as coisas do mundo. Por exemplo, na teoria de Piaget, o estágio pré-operacional (1ª infância), diz que a criança aprende por meio de imagens e habilidades de memória, e nessa fase então, o aprendizado é condicionado e mecânico.

O processo de aprendizagem é feito em etapas em nosso sistema nervoso, iniciando em memória de curto prazo (primária) que pode ter um estímulo para fortalecer a repetição, memória secundária onde seria a consolidação, pois o sistema armazena a informação e memória de longo prazo (terciária) que armazena e depois pode ser reativada quando necessário.

Segundo (PAPALIA & OLDS, 1998), uma boa pré-escola ajuda as crianças a aprender e a crescer em diversos sentidos. A autonomia floresce à medida que as crianças exploram um mundo fora de casa e escolhem entre muitas atividades de acordo com seus interesses e habilidades, as quais as deixa experienciar muitos sucessos que formam a confiança e a auto-imagem.

Algumas pré-escolas enfatizam o crescimento social e emocional, outras se baseiam na Teoria de Piaget e têm uma ênfase muito forte cognitiva. Os professores em uma boa pré-escola tentam avançar no desenvolvimento cognitivo de diveras formas: fornecem experiências que levam as crianças a aprender fazendo, estimulam os sentidos das crianças através da arte, música, dança, etc., encorajam as crianças a observar, a conversar, a criar e a resolver problemas/atividades que estabelecem as bases para o funcionamento intelectual mais avançado.

Portanto, uma boa pré-escola incentiva o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e físico das crianças.

"Cada vez que ensinamos algo a uma criança, estamos impedindo que ela descubra por si mesma, por outro lado, aquilo que permitimos que ela descubra por si mesma, permanece com ela." (PIAGET)

quarta-feira, 31 de março de 2010

O processo de ensino-aprendizagem da dança em escola


VERDERI (1998), em seu livro Dança na Escola, afirma que professores de Educação Física, deveriam utilizar-se da dança como um meio para o exercício da corporeidade dos alunos. Pois assim, existirá uma provocação de situações onde a criança/aluno, poderá utilizar seu corpo por inteiro e descobrir através de experimentações e vivências as ações que dele possam emergir (manifestar). Seria uma boa oportunidade pra nós educadores, buscarmos novos paradigmas e novas concepções para aplicações nas alas.


O pensamento cartesiano dizia: Penso, logo existo. Hoje em dia: Existo, pelo fato de estar aqui.


Os alunos não podem ser considerados simplesmente como mente e seu corpo ser secundarizado em benefício dela, e é óbvio que não devemos relegar a mente em benefício do corpo. Mente e corpo não podem ser instrumentos a serem manejados. É preciso fazer com que os alunos deixem de ser corpo-objeto e tornem-se corpo-sujeito, um corpo vivido (e isso depende de nós).


Numa aula devemos lembrar sempre que, a proposta que estivermos aplicando deverá trazer à tona as diferenças que as influências das experiências vivenciadas pelos alunos possam promover, ou seja, devemos dispor de uma proposta com objetivos definidos: O que devemos ensinar? De que maneira esse ensino deverá ser procedido? Quando ensinar determinados conteúdos? Quais os materiais e procedimentos que mais se enquadram no processo ensino-aprendizagem? O que desejamos que o aluno saiba ao final do programa??

Feito isso, estaremos certos que alcançaremos o sucesso tanto no ensino quanto na aprendizagem.
Referência: Verderi, Érica B.L.P. Dança na Escola. Rio de Janeiro:Sprint, 1998.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Desenvolvimento e Crescimento da criança (Estatura)

Como saber se a baixa estatura da criança é normal?

Uma reportagem bastante interessante realizada no Jornal Hoje (09/12/09) falando sobre a estatura da criança, crescimento, hormônios, influências, etc...vale a pena assistir...

http://www.youtube.com/watch?v=mA1lX5cTb2Q


Esta outra reportagem fala da importância do bom sono para o desenvolvimento e crescimento da criança...também muito interessante

http://www.youtube.com/watch?v=7h_WY2_cPfk

terça-feira, 9 de março de 2010

O ritmo e a aprendizagem...

Encontrando nosso ritmo...

Todos nós já passamos por momentos onde não temos vontade de fazer nada, ou tentamos e não conseguimos. Às vezes, quando é algo imprescindível de fazer, até tiramos um pouco da nossa força de vontade da reserva e conseguimos realizar a tal tarefa indesejável. Outras vezes nenhuma pressão externa resolve. Seria o motivo preguiça, moleza, incompetência, falta de disciplina ou qualquer dessas coisas que pressupõe nossa “culpa”?

Nem sempre. É claro, existem milhares de motivos para nos impedir de fazer algo. Alguns destes entram na famosa categoria de auto-sabotagem. Outras na de cansaço ou outros problemas físicos. Sim, é verdade, às vezes somos indisciplinados (etc., etc.) ou não queremos mesmo realizar a tal tarefa e não temos coragem de admitir. Porém, o que frequentemente não levamos em conta é o respeito (ou melhor, desrespeito) ao nosso ritmo pessoal.

A pedagogia Waldorf (ou pedagogia antroposófica), método que considera o ser humano na sua inteireza, tem muito a dizer sobre a importância do ritmo nas nossas vidas:

Todo processo vivo de aprendizagem deverá necessariamente respeitar e fomentar um ritmo adequado. A Pedagogia Waldorf considera fundamental a alternância sadia e equilibrada entre concentração e expansão, entre atividade intelectual e prática, entre esforço e descanso. Assim se planeja o mais cuidadosamente possível, a partir desse ponto de vista, tanto a prática educativa anual, mensal, semanal e diária, como também cada uma das horas de aula, a fim de conseguir o ritmo adequado às fases de compreensão, assimilação e produção da aprendizagem.
(...)
Esse ritmo é constituído basicamente de atividades concentrativas e atividades expansivas que sucedem em constante dinâmica, acompanhando o ciclo da natureza em seu ritmo de inspiração e expiração, dia e noite, vida e morte, verão e inverno, etc. Através dessas atividades harmonizaremos as vivências de polaridades tais como: dormir e acordar, claro e escuro, dentro e fora, contração e expansão.

Apesar de ser direcionado às crianças (o texto citado refere-se a crianças em idade de jardim), podemos aprender muito com essa perspectiva, inclusive no quesito alimentação. É comum passarmos pelo dia sem sequer parar para respirar ou observar o mundo a nossa volta. Isso acaba refletindo no que a gente come; as refeições, ao invés de serem atividades introspectivas e prazerosas, passam atropelados e estressantes. Não há tempo para prestar atenção no nosso corpo, nas suas reações e no que ele precisaria receber naquele momento para realmente se nutrir. O estresse gerado por estarmos remando contra nossa própria maré acaba afetando o que escolhemos ingerir e provocando doenças, como exemplifica o texto abaixo:

No passado, quando a medicina era uma arte e não um instrumento para o comércio de drogas, as pessoas sabiam, instintivamente, da importância de respeitar os ritmos e ciclos da natureza, a fim de que nossos próprios ritmos biológicos se mantenham em sincronia. Ninguém duvidava que a saúde, a felicidade e a longevidade dependiam dessa sincronia.

Atualmente, se nós temos sono e não conseguimos dormir, nós não pensamos em apagar a luz, mas sim em tomar um remédio. Se temos sede, não lembramos de tomar água, mas sim refrigerantes e outras bebidas artificiais. Se nos faltam nutrientes, não lembramos de melhorar nossa alimentação, mas sim de tomar um comprimido de ‘vitamina’. Nossa cultura tem sido fortemente moldada por interesses econômicos e pelo marketing da indústria de consumo.

Mas essas influências e interesses atuais não podem mudar algo programado tão perfeitamente e tão profundamente na nossa biologia, ao longo de milhões de anos.

Por outro lado, viver plenamente dentro dos ciclos da natureza e, consequentemente, dos nossos corpos, ajuda a tornar nossas vidas mais suaves ao invés de uma “luta diária”: comer as frutas da época; reverenciar a transição dormir-acordar, deitar-sonhar; observar as estações do ano e respeitar nossa postura natural em relação a cada uma delas, como a introspeção do inverno, a expansão da primavera, a abundância do verão, a preparação do outono; e assim por diante.

As mulheres têm uma propensão maior a perceber seu ritmo natural. Muitas de nós sabemos que em determinada época do mês estamos mais depressivas ou até mais “chatas” (a famosa TPM), enquanto em outras temos mais energia para realizar vários projetos. Porém, com ou sem sofrer de TPM, qualquer pessoa pode se beneficiar observando seu ritmo pessoal e alinhando suas atividades com os outros ritmos que nos governam, como as estações do ano, os ciclos lunares, os ritmos diários e, é claro, nossos ritmos próprios biológicos.

Comece analisando sua rotina semanal. Você passa o dia inteiro “correndo”? Há suficientes momentos de pausa? Há momentos de observação e/ou contato com a natureza? Os momentos de extroversão e interação com outras pessoas se equilibram entre momentos de introspeção e solitude? Existem determinados horários que sua energia é maior ou menor? É possível adequar seu horário de trabalho e seus afazeres de forma a não ir de encontro com seu ritmo pessoal?

Anote suas observações e tente fazer um “roteiro” para lhe guiar. Atenção! Isso não é a criação de uma rotina nem algum tipo de cronograma fechado de atividades. O propósito é se harmonizar com o restante da natureza, conhecer seu próprio ritmo e tentar integrar tudo isso na sua vida diária. Por exemplo, você pode descobrir que a parte da manhã é seu período menos produtivo e deixar esse horário para realizar tarefas que requeiram menos energia. Ou, no caso de mulheres que sofrem de TPM, tentar adiantar as tarefas mais difíceis ou cansativas para antes deste período; assim, durante a TPM é possível ficar mais livre para fazer coisas que tragam prazer e ajudem a aliviar os sintomas. Depois de um tempo, percebemos como é natural viver desta forma e nem precisamos mais do tal roteiro.

Quem tem filhos pequenos poderá constatar como o dia-a-dia flui melhor seguindo o ritmo infantil natural. A regularidade faz com que as crianças se sintam mais seguras e confiantes no mundo que as cerca, o que também estimula a auto-estima e a auto-confiança. Os resultados são realmente fantásticos.

Os resultados na alimentação também são visíveis. Com menos estresse comemos melhor, com mais calma e sem excessos. Sentimos o que nosso corpo precisa com mais clareza. De fato, a própria transição para o crudismo nos deixa mais abertos a perceber nosso ritmos biológicos e a sentir o que nosso corpo verdadeiramente quer ou rejeita. Passamos a saber quando estaremos mais vulneráveis a comer de forma mais saudável e nos preparar, antecipadamente, para que não aconteça. Serve também para desconfiarmos das frutas disponíveis fora de época, por exemplo, muitas vezes estimuladas pelo uso de hormônios e de outras formas que podem impactar nossa saúde de forma ainda desconhecida.

E vocês, costumam observar seus próprios ritmos e/ou os ritmos da natureza? Como a mudança de alimentação mudou suas vidas neste sentido?

Para refletir:

Com alguns poderes místicos do super-homem, sem informação dos ponteiros do relógio, o nosso corpo e os corpos dos outros animais e das plantas marcam o compasso com o ambiente. Não se trata de truques mágicos nem de efeitos especiais ou habilidades do gesto ou da mente, mas o poder que governa toda a vida sobre a Terra.
Se o tempo for realmente o ditador planetário e os ritmos as manifestações da sua supremacia, então conhecê-los torna-se essencial para a compreensão do modo como funciona toda a vida.
Os ritmos são a chave do conhecimento próprio e do meio ambiente, pois colocam a vida numa perpectiva de tempo.
Retirado do blog Apressado NÃO come cru

domingo, 7 de março de 2010

Uma forma de aprendizagem...

Novos ares: o que aprender com o vento

"Mesmo sendo invisível, o vento desperta muitas possibilidades de exploração, movimentação e aprendizagem para os pequenos".
Luís Souza


Foto: Paulo Wolfgang

A turma da pré-escola da rede municipal de Cambira brinca com o vento empinando pipas. Os dias quentes de verão são sempre um convite para levar a turma ao parque. Mas não é só porque o vento é refrescante que atividades ao ar livre devem ser propostas. Ele, por si só, é um instrumento que estimula os pequenos a se movimentar, entrar em contato com os fenômenos da natureza e explorar sentidos, como o tato e a visão.
Brincadeiras e brinquedos simples, como bolhas de sabão, cata-ventos, pipas e aviões de papel, são ótimos para desafiar as crianças a usar o vento a favor dos próprios movimentos. "Quem brinca é sempre o corpo. Os brinquedos só o ajudam a brincar", explica a pesquisadora Renata Meirelles, autora do livro Giramundo e Outros Brinquedos e Brincadeiras dos Meninos do Brasil. Empinar pipas, por exemplo, exige o aprimoramento da coordenação motora, além de promover um olhar apurado sobre o movimento.
Em Cambira, a 382 quilômetros de Curitiba, as turmas da pré-escola de toda a rede municipal foram convidadas a montar e brincar com pipas. "A ideia era fazer as crianças perceberem a influência do vento e ter um contato inicial com as formas geométricas criadas durante a montagem dos brinquedos", diz Dóris Lucas Moya, mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), secretária municipal de Educação e responsável pelo projeto.
De acordo com Silvana Augusto, formadora do Instituto Avisa Lá e professora do Instituto Superior de Ensino Vera Cruz, ambos em São Paulo, ao abordar esse elemento da natureza, vale também levar as crianças a tomar consciência da relação que os seres humanos estabelecem com ele. "O vento é útil para quê?", "Que sensação provoca nos dias de frio?", "É possível criar vento?" e "Como percebemos que ele existe mesmo não conseguindo vê-lo?" são algumas das questões que podem ser lançadas para levá-las à reflexão (leia a sequência didática). "Agindo assim, o educador põe em prática uma ideia de Jean Piaget (1896-1980), que diz que o conhecimento se funda na ação e as crianças devem se relacionar com o mundo levantando hipóteses", diz ela.
Por fim, segundo explica Anibal Figueiredo Neto, mestre em ensino de Ciências e coordenador do Atelier de Brinquedos Científicos, interagir com o vento é um jeito interessante de ajudar as crianças a começar a pensar nas relações entre causa e efeito. "Elas não precisam saber explicar o porquê de todas as coisas quando estão na Educação Infantil, mas é importante que questionem sempre e percebam que uma provoca outra, como no caso do sopro que movimenta um barquinho de papel na água", afirma.


Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/novos-ares-aprender-vento-ar-pipa-cata-vento-528821.shtml


Essa matéria nos deixa clara, uma forma incrível de aprendizagem através do fenômeno "vento", que com ele ao empinar uma pipa, a criança aprimora sua coordenação motora, por exemplo.


sábado, 6 de março de 2010

Uma curiosidade...

Quem introduziu o ensino da Educação Física nas escolas?


Foi apenas no século 18 que a disciplina entrou, de fato, no currículo. Um dos pioneiros foi o educador Johann Bernard Basedow (1724-1790), que em 1774 instituiu na escola-modelo de Dessau, na Alemanha, a prática de exercícios como correr, saltar, arremessar, transportar objetos e trepar. Muitas escolas europeias seguiram a mesma trilha - até que, em 1801, a Dinamarca se tornou o primeiro país a exigir o ensino da Educação Física nas escolas públicas. No Brasil, a atividade física passou a fazer parte dos programas escolares em 1854 - obra do então ministro do Império Luís Pedreira do Couto Ferraz (1818-1886), ao aprovar um regulamento que incluiu a ginástica nas instituições públicas da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/fundamentos/quem-introduziu-ensino-educacao-fisica-escolas-johann-bernard-basedow-517613.shtml

Obrigada ministro por regulamentar no Brasil esta tão importante disciplina em nossas vidas.